Resgate de uma dívida social

Com a determinação do Governo do Paraná, finalmente começa o resgate de uma dívida social histórica do Brasil, com a liberação de recursos significativos para a construção de casas para as comunidades quilombolas do Estado.
A CEVALE, uma empresa do Vale do Ribeira, foi contratada para construir inicialmente 16 casas nas comunidades quilombolas de Porto Velho e Praia do Peixe, segundo um projeto da COHAPAR.
A mobilização começou nos últimos dias de 2009, com a chegada das primeiras remessas de material de construção, a contratação de mão-de-obra local e a demolição de algumas antigas construções existentes nos locais destinados às novas casas.

Gente humilde

Não são só as casas de taipa que demonstram claramente a pobreza da população local. Há construções de bambu, de madeira e mesmo de alvenaria nas quais não podemos deixar de notar a falta de recursos das pessoas que ali vivem.

Casas de Taipa

Durante muito tempo, as casas na região eram predominantemente construídas de madeira ou bambu recoberto de barro.

Vários exemplares existem e são utilizados como moradia até hoje, o que atesta a pobreza reinante entre a população local.

Ocupação centenária

Ao longo da estrada que leva às comunidades quilombolas, vemos as marcas de uma ocupação centenária.

Estradas Rurais

O município de Adrianópolis tem uma área bastante grande, e parte significativa de sua população vive na área rural, isloadamente ou em pequenas comunidades.
Seguindo o curso do Rio Ribeira há várias destas pequenas comunidades; nesta região se encontram os remanescentes do quilombos.

Chega-se até estas comunidades por pequenas estradas rurais.

A imagem mais marcante é, sem dúvida, a do Rio Ribeira.

BR 476 - Estrada da Ribeira

O acesso a Adrianópolis, a partir de Curitiba, é pela BR 476. Esta é a antiga estrada que ligava Curitiba a São Paulo, antes que existisse a BR 116. Depois que esta última foi construída, a antiga estrada permaneceu sem pavimentação e a região acabou ficando meio 'fora de mão', o que levou a uma certa estagnação; as terras de difícil cultivo durante décadas só interessaram (além da população local, é claro) às empresas mineradoras e aos reflorestadores.

Finalmente, nos primeiros anos do século XXI a estrada foi pavimentada, trazendo um novo ciclo de crescimento econômico e populacional à região.

A estrada tem vistas belíssimas mas é bastante perigosa, por ser estreita e muito sinuosa; as quedas de barreiras são bastante frequentes.

Adrianópolis

Situada no Vale do Ribeira, divisa com São Paulo, Adrianópolis é uma cidade que tam sua história ligada à exploração de suas riquezas minerais.
No auge das atividades mineradoras a cidade já foi bem maior, mas com a queda da produção a principal empresa que atuava no município fechou e a cidade diminuiu, contando hoje com cerca de 7 a 8 mil habitantes, grande parte na área rural.
Por conta de uma topografia extremamente acidentada, grande parte da área do município permanece de difícil acesso; não é à toa que escravos fugidos acabaram se embrenhando por aquelas matas entre as montanhas para se esconder dos seus perseguidores, e lá acabaram se estabelecendo.