Parece ser uma nova era para as comunidades quilombolas de Adrianópolis - 10 famílias já receberam suas casa, mais 6 receberão as suas em breve, e dentro de alguns meses mais 60 famílias terão casas novas.
Este blog foi criado para disponibilizar imagens e informações a respeito da construção das primeiras casas para as comunidades Quilombolas de Adrianópolis/PR. Estas casas estão sendo construídas pela empresa CEVALE, com recursos do Governo do Paraná sob gerenciamento da COHAPAR.O blog é uma criação independente da CEVALE. Imagens, design e edição de Fabiano Fazion.
As atualizações serão feitas quando houver informações relevantes.
As atualizações serão feitas quando houver informações relevantes.
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Entrega das casas
A idéia inicial era de que a diretoria da COHAPAR fosse até as comunidades fazer a entrega das casas, Mas na última semana de dezembro a diretoria estava comprometida com outras atividades, e solicitou que a Associação dos Quilombolas fizesse a entrega, juntamente com nossa empresa, o que foi feito e documentado,
Casas prontas !
Conguimos realizar o propósito de entregarmos 10 casas até o final de 2010, de modo que algumas famílias tiveram muito o que comemorar na chegada de 2011 !
Gente humilde
Ao vermos as casas onde moram as famílias destas comunidades, não podemos deixar de saudar a iniciativa estatal de dar a eles novas casas.
Cabe notar que muito mais ainda tem de ser feito, e lamentar que gerações tenham vivido, e ainda hoje vivam, alheias aos benefícios que a gente da cidade tem há décadas.
Mas os quilombolas têm adquirido uma nova consciência sobre sua situação social, e apoiados pelas iniciativas que o Estado brasileiro tem tomado nos anos recentes, vêm se organizando e articulando cada vez mais.
Cabe notar que muito mais ainda tem de ser feito, e lamentar que gerações tenham vivido, e ainda hoje vivam, alheias aos benefícios que a gente da cidade tem há décadas.
Mas os quilombolas têm adquirido uma nova consciência sobre sua situação social, e apoiados pelas iniciativas que o Estado brasileiro tem tomado nos anos recentes, vêm se organizando e articulando cada vez mais.
Cada lugar...
Os quilombolas vivem onde conseguiram se manter, primeiro buscando refúgio de uma sociedade que os perseguia, depois sendo por esta mesma sociedade deixados à margem.
Pela própria natureza destas comunidades, elas estão em lugares de difícil acesso, e só muito recentemente é que as forças sociais começaram a lhes dedicar alguma energia; as estradas são precárias, quando as há,
Mas é justamente aí que as casas precisam ser feitas, em locações que em outras situações seriam prontamente recusadas como inviáveis, pela empresa construtora, pelo Estado, pelos técnicos.
É quase como se estivéssemos fazendo casas para os indígenas, excluindo aqui qualquer comparação ou analogia etnológica.
Pela própria natureza destas comunidades, elas estão em lugares de difícil acesso, e só muito recentemente é que as forças sociais começaram a lhes dedicar alguma energia; as estradas são precárias, quando as há,
Mas é justamente aí que as casas precisam ser feitas, em locações que em outras situações seriam prontamente recusadas como inviáveis, pela empresa construtora, pelo Estado, pelos técnicos.
É quase como se estivéssemos fazendo casas para os indígenas, excluindo aqui qualquer comparação ou analogia etnológica.
Começo de uma nova obra - 60 casas !
Houve um esforço por parte da diretoria da COHAPAR para que os quilombolas tivessem uma compensação pela demora que os problemas burocrático-administrativos tinham causado. Conseguimos finalizar um processo licitatório de mais 60 casas, que tinha se iniciado cerca de um ano antes.
Em dezembro as obras se iniciaram, embora a quantidade de chuvas acima do normal deste verão tenha trazido sérias dificuldades para o andamento dos trabalhos.
Note-se a espetacular paisagem natural, onde os quilombolas vivem em sua proverbial pobreza. Poucos deles devem ter olhos para o bucolismo do lugar, ocupados em achar jeitos de sobreviver sem afundar na lama do dia-a-dia.
Dezembro
Chegamos em dezembro com várias casa já na etapa de acabamento.
Houve um acordo, proposto pela presidência da COHAPAR, de que terminaríamos o máximo de casas possível até o final do ano, de modo que as famílias pudessem desfrutar da condição de conforto oferecida pelas novas casas, até então inédita para a maioria.
Uma das considerações mais significativas foi a de que o verão é o período anual de chuvas mais intensas, e várias famílias moravam em casa/barracos que não ofereciam o mínimo de vedação; a umidade e a lama entram nas casas por quase todos os lados. Por isso, fizemos um esforço para terminar quantas casas fosse possível; ficou combinado que 10 famílias comemorariam a chegada de 2011 em suas novas casas.
Houve um acordo, proposto pela presidência da COHAPAR, de que terminaríamos o máximo de casas possível até o final do ano, de modo que as famílias pudessem desfrutar da condição de conforto oferecida pelas novas casas, até então inédita para a maioria.
Uma das considerações mais significativas foi a de que o verão é o período anual de chuvas mais intensas, e várias famílias moravam em casa/barracos que não ofereciam o mínimo de vedação; a umidade e a lama entram nas casas por quase todos os lados. Por isso, fizemos um esforço para terminar quantas casas fosse possível; ficou combinado que 10 famílias comemorariam a chegada de 2011 em suas novas casas.
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